domingo, 1 de julho de 2012

"ARNALDO BATISTA"





Arnaldo Dias Baptista (São Paulo, 6 de julho de 1948) é um cantor e compositor brasileiro, mais conhecido por seu trabalho com Os Mutantes.
Sua carreira musical tem início em 1962, quando ele forma com seu irmão Cláudio César o grupo The Thunders. Em 1966, convida seu outro irmão, Sérgio Dias, a se juntar ao grupo Six Sided Rockers, que já contava com a presença de Rita Lee.



O grupo daria origem aos Mutantes. Ali ele desenvolve seus talentos de
compositor e arranjador, mas depois de vários problemas e brigas internas,
ele sai da banda em 1973.
Tenta seguir carreira de produtor musical, mas o insucesso o motiva a tentar carreira solo. Lança Lóki? em 1974, considerado seu melhor trabalho.



Em 1977 recusa o convite de seu irmão Sérgio para retornar ao Mutantes, formando o grupo Patrulha do Espaço. O novo projeto não vai muito longe, apesar da gravação de um disco de estúdio que só seria lançado parcialmente dez anos depois com o nome de Elo Perdido, assim como uma gravação ao vivo de um show da banda
(Faremos Uma Noitada Excelente). Arnaldo deixa a Patrulha em 1978,
que continua no underground roqueiro.



Em 1982 Arnaldo lança outro marco, Singin' Alone, gravado em 1981, obra que cria um rock profundamente experimental, geradora de novos padrões estéticos. No mesmo ano é internado na ala psiquiátrica do Hospital do Servidor Público de São Paulo por razões que ele mesmo explica no documentário de 2008 "depois que me internaram da primeira vez, qualquer motivo era razão para me internar novamente". Em profunda depressão, 'cansado de não entender porque não o compreendiam', como disse sua ex-mulher Martha Mellinger no documentário, Arnaldo tenta o suicídio, sofre um traumatismo craniano. Lucinha Barbosa, amiga, fã e que frequentava a casa de Arnaldo e não saiu um minuto do seu leito, ao ver que ninguém mais o visitava, levou-o para seu sítio. Incentivado por Lucinha, Arnaldo voltou a pintar, fez ioga, virou vegetariano e continuou a tocar, até conquistar uma recuperação surpreendente.
Arnaldo continuou gravando, em 1987 lança sua mais radical experiência.
Pelo selo independente Baratos Afins sai a gravação caseira Disco Voador.
A gravação é feita em dois canais e surge como um disco quase "terapêutico" para Arnaldo. Em 1989, os produtores Alex Antunes e Carlos Eduardo Miranda produziram o álbum tributo "Sanguinho Novo - Arnaldo Baptista Revisitado" com bandas ascendentes no rock nacional como Sepultura, Ratos de Porão, Paulo Miklos entre outros nomes.

Anos 2000

Em 2004 lançou seu mais recente trabalho solo de inéditas, Let It Bed, produzido por John Ulhoa, do Pato Fu e gravado em sua residência em Juiz de Fora (MG).
O álbum ganhou o prêmio Claro de Musica Independente de 2005 e foi considerado pela revista inglesa Mojo como um dos 10 melhores daquele ano.
Em 2006 ocorre o retorno do grupo Mutantes e Arnaldo volta a tocar ao lado do irmão Sérgio Dias e do baterista Dinho Leme após 33 anos de sua saída da banda e 30 do fim do grupo. Rita Lee, vocal feminino na formação original, e que fora casada com Arnaldo (especula-se que desentendimentos conjugais teriam levado a saída desta do grupo) não retorna à banda. Zélia Duncan aceita integrar o conjunto. Esta formação recente durou até Setembro de 2007, quando Zélia comunicou sua saída do grupo para retomar sua carreira solo. Poucos dias depois do anúncio, Arnaldo comunicou que também deixaria a banda para cuidar de projetos pessoais.
Em 2008, a editora Rocco lança o romance Rebelde entre os Rebeldes, que Arnaldo escreveu nos anos 80. Seu lançamento foi, também, aclamado pela crítica. No mesmo ano, o documentário Loki!-Arnaldo Baptista, primeiro longa do Canal Brasil, com direção de Paulo Henrique Fontenelle, é apresentado ao público nacional e internacional, ganha 14 prêmios no Brasil e no exterior e emociona as
platéias por onde passa.
Em 2010, é a vez do circuito oficial das artes abraçar definitivamente Arnaldo como artista plástico, pelas mãos da Galeria Emma Thomas, que planeja sua primeira individual no Brasil e no exterior em 2011.
Ainda em 2011, Arnaldo Baptista lançará seu novo álbum solo, Esphera, já considerado um dos mais esperados do ano.
Arnaldo emociona a todos, não apenas pela sua contagiante simpatia e talento únicos, mas também pelo seu incansável discurso pela paz e pelo amor, na sua defesa pela preservação do meio ambiente muito antes do tema entrar para a agenda mundial, dos amplificadores e de um PA valvulado, do vegetarianismo, seu amor e carinho para com os animais, sua poesia ímpar e inspiradora e seu delicioso senso de humor.
No final dos anos 70, Arnaldo teve o filho Daniel com Martha Mellinger, com quem viveu por dois anos. Daniel Mellinger Dias Baptista hoje ajuda a manter e
preservar a obra do pai.
Arnaldo vive há 30 anos com a companheira Lucinha Barbosa, conhecida pela sua dedicação e amor incondicional à Arnaldo e incansável esforço e paixão na
perpetuação de seu trabalho.
Na virada do século passado, a obra de Os Mutantes e, em especial, da figura legendária de Arnaldo Baptista, ganharam pistas e chegaram às top-cult-lists a partir do re-lançamento dos álbuns do grupo por selos como Omplatten e Luaka Bop.
Beck chamou de Mutations seu CD lançado em 1999 repleto de influências tropicalistas. Sean Lennon parou o carro quando colocou o som dos Mutantes no seu disc-player e acabou contribuindo com parte do trabalho gráfico do CD Tecnicolor, lançado em 2000. A lista continua: Radiohead, Stereolab, Torloise, High Llamas, Wondermints.
Em sua passagem pelo Brasil em 1993, Kurt Cobain fez questão de deixar um bilhete para Arnaldo: "Arnaldo, best wishes to you and beware of the system. They swallow you up and spit you out like the seed from a marachino cherry".
Arnaldo tem sido, também, reverenciado por diversos artistas de sua geração e tornou-se um ícone para as gerações seguintes. Entre eles estão nomes como Ney Matogrosso, Pato Fu, Kid Abelha, Marisa Monte, Lobão, entre muitos outros.
Em 1989, as mais importantes bandas de rock-pop do cenário brasileiro gravaram um vinil-homenagem à Arnaldo, Sanguinho Novo.
Em 2010, foi a vez dos conterrâneos da América Latina prestarem seu tributo aos Mutantes, no elogiadíssimo álbum "El Justiciero Cha Cha Cha", todo ilustrado com desenhos de Arnaldo Baptista.
Ainda em 2011, o selo D-Edge lançará o álbum Petrified BeTools, incluindo 13 remixes da música ‘To Burn or not To Burn’, do álbum Let it Bed, pelos produtores mais talentosos da música eletrônica brasileira.
Desde meados de 2010, vários jovens, que hoje fomentam a cena cultural do país, têm procurado Arnaldo. Hoje, estão envolvidos, de uma forma ou de outra, em cinco projetos-chaves, além de vários paralelos e de apoio, em um total de mais de 60 voluntários.
Entre eles estão: o lançamento do novo álbum solo ‘ESPHERA’, um espetáculo multimidia ‘Na Esphera com Arnaldo Baptista’, uma exposição individual e um livro-documento desta exposição na galeria Emma Thomas de São Paulo. Além destes projetos-chaves, veremos o lançamento de seu web site em versão 2.0 com hot site para download pago; aplicativo para iPhone; clips e muito mais.
Desde 2011, Arnaldo torna-se embaixador da ANDA.

Discografia

Com Os Mutantes

1968 - Os Mutantes
1969 - Mutantes
1970 - A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado
1971 - Jardim Elétrico
1972 - Mutantes e Seus Cometas no País do Baurets
1992 - O A e o Z (gravado em 1973)
2000 - Tecnicolor (gravado em 1970)

Ao Vivo

2006 - Mutantes Ao Vivo - Barbican Theatre, Londres 2006

Com a Patrulha do Espaço

1988 - Elo Perdido (gravado em 1977)

Ao Vivo

1988 - "Faremos Uma Noitada Excelente..." (gravado em 1978)

Solo

1974 - Lóki?
1981 - Singin' Alone
1987 - Disco Voador
2004 - Let It Bed




































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